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A decisão de expandir um negócio é uma etapa crucial para o crescimento empresarial e dois modelos principais se destacam nesse contexto: o Licenciamento de Marca e a Expansão por Franquias. Ambos os canais de varejo oferecem a oportunidade de criar uma rede de distribuição da marca, mas diferem em vários aspectos significativos. É importante entender as diferenças e semelhanças entre esses modelos de expansão e como eles podem se adequar a diferentes tipos de empreendimentos. Quer saber se seu negócio precisa de licenciamento de marca ou expansão por franquias? Aproveite nosso conteúdo!

Licenciamento de Marca

O Licenciamento de Marca envolve o direito de uso de titularidade do licenciante, que pode incluir a marca, layout característico, conjunto-imagem e outros. É um contrato atípico, assim como o de franquia, mas sua característica mais marcante é a ausência de transferência de know-how de gestão de negócio.

O contrato é simplificado e se refere ao uso da marca. É apropriado para empresas em que o empresário licenciado já possui experiência no respectivo mercado e busca incorporar produtos ou serviços de uma marca de renome ao seu negócio próprio, ou mesmo deseja operar de forma exclusiva, mas de acordo com suas próprias diretrizes comerciais e operacionais. 

Expansão por franquias

Na expansão por Franquias, replica-se um negócio de sucesso, com todos os seus detalhes. Além da autorização para o uso da marca, o franqueado recebe know-how e tecnologia da franqueadora, suporte permanente e atualizações constantes. O conceito é formatado, os fornecedores são homologados, o atendimento é padronizado, e os franqueados têm pouca autonomia para alterar as características do negócio. Isso é ideal para quem deseja reproduzir um conceito de negócio já testado, com riscos mitigados devido à experiência adquirida pelo franqueador. Portanto, é indicado para quem nunca operou um negócio ou para quem deseja atuar em um novo ramo, com riscos menores em comparação ao empreendimento próprio.

Diferenças entre Licenciamento e Franquias

A distinção fundamental entre esses modelos é que no Licenciamento de Marca não há transferência de know-how de gestão de negócio, enquanto no Franchising esse aspecto é primordial. 

Até a entrada em vigor da nova lei de franquias (Lei 13.966/19) no Brasil, as características de cada instituto eram muitas vezes confundidas, uma vez que a antiga lei (Lei 8.955/94) não tornava obrigatória a transferência de know-how de gestão. 

A nova lei, por outro lado, tornou isso explícito, estabelecendo que para ser considerada franquia, uma marca deve oferecer a transferência de know-how de gestão operacional, comercial e financeiro.

Possibilidades de coexistência

Empresas que atuam com franchising podem também oferecer Licenciamento de Marca em suas carteiras de negócios. No entanto, é necessário criar essa modalidade separadamente, com critérios e contratos distintos, devido às diferenças na forma de explorar os territórios. 

Essa flexibilidade proporcionada pela nova lei abre oportunidades interessantes, especialmente em um país tão grande quanto o Brasil. O conceito de “store in store” praticado por muitas franqueadoras, por exemplo, é  considerada uma modalidade de  Licenciamento. Quando uma marca implanta um espaço dentro de uma outra  loja, não é necessária a transferência de know-how; trata-se apenas da licença de uma marca e  fornecimento de produtos, o que pode ser contratado sem a necessidade de ser uma franquia.

Escolhendo o melhor modelo de expansão

A escolha entre o Licenciamento de Marca e a Expansão por Franquias depende das necessidades e objetivos de cada empreendedor e do tipo de negócio que está sendo concedido. Aqui estão algumas considerações gerais:

Licenciamento de Marca

– Vantagens

  • Maior flexibilidade legal e técnica;
  •  Maior adaptabilidade para mercados diversos
  • Menor grau de responsabilidade 

– Desvantagens

  • Possível perda da identidade de marca;
  • Baixa padronização e controle;
  • Relacionamento menos comprometido com o licenciado

Expansão por Franquias

– Vantagens

  • Consolidação da marca;
  • Maior controle da operação e padronização 
  • Comprometimento mútuo

– Desvantagens

  • Fornecimento de suporte contínuo e treinamentos;
  • Maior rigor técnico e legal;
  • Necessidade de compartilhar e entregar o que foi concedido
  • Riscos compartilhados 

A escolha entre esses modelos depende da visão do empreendedor e da estratégia de negócios. O Franchising oferece um caminho mais seguro e estruturado para replicar um negócio, enquanto o Licenciamento de Marca proporciona maior flexibilidade e autonomia. Cada modelo tem seu lugar no mundo dos negócios, e a decisão deve ser baseada nas metas e recursos disponíveis. É essencial buscar orientação profissional ao considerar qualquer uma dessas opções, pois uma escolha equivocada pode ter implicações significativas para o futuro do negócio. Contar com um advogado especializado em varejo  também será fundamental para que a expansão ocorra dentro da lei.

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Para escolher o melhor canal de varejo e garantir a segurança jurídica da operação, é essencial que as empresas busquem o suporte de profissionais jurídicos especializados em franchising, licenciamento e varejo. Dessa forma, é possível garantir a elaboração de contratos sólidos, claros e equilibrados, estabelecendo uma base para o sucesso e a harmonia na relação entre as partes envolvidas.

A Novoa Prado & Kurita é um escritório jurídico  especializado em varejo e  franquias, que oferece soluções personalizadas para a estratégia jurídica de franqueadores e manutenção legal de redes de franquia.

Com uma equipe altamente qualificada e experiência em diversos segmentos, a Novoa Prado & Kurita é a parceira ideal para ajudar sua rede a crescer e prosperar.

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O franchising pode ser um universo desconhecido para aqueles que estão pensando em começar a empreender ou até mesmo para donos de negócios próprios que pensam em investir em franquias. Muito disso porque alguns termos são usados especificamente para o mundo das franquias e é fundamental entender cada um deles para ter um maior esclarecimento na hora de negociar. Os termos vão desde as divisões de cargos até as taxas e documentos, que devem ser sempre analisados por um advogado especializado no ramo. Quer conhecer os 13 termos mais usados pelas franquias? Leia esse texto até o final! 

1. Franquia

Uma franquia é um modelo de negócios em que uma empresa, a franqueadora, concede a um indivíduo ou empresa, o franqueado, o direito de operar um negócio sob sua marca, utilizando seus sistemas, produtos e serviços. O franqueado paga taxas iniciais e contínuas ao franqueador em troca do suporte, treinamento e uso da marca.

2. Franqueador

O franqueador é o detentor de uma marca e de um conceito de negócio bem-sucedido, que concede a terceiros, os franqueados, o direito de replicar esse modelo mediante o contrato de franquia, o pagamento de taxas e o cumprimento de regras estabelecidas.

3. Franqueado

O franqueado é o indivíduo que adquire o direito de operar um  negócio sob  a marca de  uma franquia. O franqueado segue as diretrizes estabelecidas pelo franqueador, pagando taxas e royalties em troca do uso da marca, da transferência de know-how e suporte do franqueador.

4. Circular de Oferta de Franquia (COF)

A Circular de Oferta de Franquia é um documento legal, exigido pela lei de franquias (13.966/19), que o franqueador deve fornecer ao potencial franqueado antes da assinatura do contrato de franquia. Ela contém informações detalhadas sobre a franquia, incluindo histórico da empresa, descrição dos serviços e produtos, condições financeiras, taxas, direitos e obrigações das partes envolvidas, entre outros descritivos do negócio.

5. Pré-contrato de Franquia

É o instrumento jurídico que regula o período entre  a formalização da parceria e a inauguração da franquia. Contempla as regras pré-operacionais para implantação da unidade franqueada. Locação do ponto comercial, reformas, contratação de equipe,  treinamento, enfim, todos  direitos e deveres das partes nesse começo de relação.

6. Contrato de Franquia

O contrato de franquia é um documento legal que formaliza a relação entre o franqueador e o franqueado durante todo o período de atividade do negócio. Ele descreve os direitos, obrigações e responsabilidades de ambas as partes, incluindo os termos de uso da marca, suporte oferecido, taxas a serem pagas, regras operacionais e prazo e renovação  do contrato.

7. Taxa de Franquia

É a taxa inicial paga pelo franqueado ao franqueador para adquirir os direitos de operar sob a marca da franquia. Essa taxa pode cobrir o treinamento inicial, suporte para implantação da franquia e o direito de uso da marca.

8. Taxa de Royalties

Royalties são pagamentos recorrentes feitos pelo franqueado ao franqueador. Eles podem corresponder a uma porcentagem do faturamento bruto ou líquido da unidade ou das compras realizadas pelo franqueado ou ainda uma taxa fixa, dependendo do estudo de viabilidade formatado pelo franqueador,  e remuneram a transferência de know-how contínua, o uso da marca, atualizações e suporte prestado pelo franqueador.

9. Advogado Especializado em Franchising

Um advogado especializado em franchising é um profissional legal com conhecimento específico nas leis e regulamentos que envolvem o sistema de franquias. Esse advogado pode auxiliar tanto o franqueador quanto o franqueado em questões contratuais, regulatórias e de conformidade. O advogado especializado em franchising precisa ser um profissional estratégico, que entenda primordialmente de negócios e varejo, e especialmente da legislação especifica da atividade comercial da marca. 

10. Taxa de Propaganda

Além da taxa de royalties, o franqueado contribui percentualmente com a taxa de propaganda, um valor que não é revertido para a franqueadora, mas usado para subsidiar ações  de marketing cooperado entre todas as franquias, promovendo a divulgação da marca e produtos ou serviços.

11. Investimento Inicial

O investimento inicial é o valor total necessário para implantação de  uma unidade franqueada. Ele inclui taxa de franquia, custos com instalações físicas, reformas, estoque inicial, equipamentos, mobiliário,  treinamento e outros gastos relacionados à instalação da franquia.

12. Prazo de Retorno do Investimento

O prazo de retorno do investimento é o período estimado necessário para que o franqueado recupere o capital investido inicialmente na franquia por meio das receitas geradas. Esse período pode variar significativamente com base no tipo de negócio, localização e eficiência das operações. O prazo de retorno estimado não deve ser maior do que o prazo de duração do contrato de franquia.

13. Repasse de Franquia

O repasse de franquia ocorre quando um franqueado atual transfere a sua unidade franqueada a um novo franqueado. O franqueador precisa aprovar essa transação, garantindo que o novo franqueado cumpra os requisitos estabelecidos no processo de seleção da marca. Também acontece o repasse quando a franqueadora vende uma unidade própria a um franqueado.

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É essencial que franqueadores busquem o suporte de profissionais jurídicos especializados em franchising. Dessa forma, é possível garantir a formatação jurídica do negócio e a elaboração de contratos sólidos, claros e equilibrados, estabelecendo uma base para o sucesso e a harmonia na relação entre as partes envolvidas.

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O sistema de franchising é dinâmico e permite ao franqueador expandir sua rede de diversas formas. Existe o modelo de franquia tradicional, que é aquele em que o franqueado adquire uma unidade franqueada e a opera, ampliando sua participação na rede por meio da compra de outras unidades e, assim, se tornando um multifranqueado. Mas é possível, também, que o franqueador escolha um parceiro que desenvolva toda uma região, o masterfranqueado. Neste texto, vamos entender melhor os conceitos dessa operação e abordaremos diversos aspectos relevantes para franqueadores que buscam explorar essa abordagem de crescimento.

O que é master franquia?

A master franquia é um modelo de negócio em que uma franqueadora concede os direitos de exploração de sua marca em uma determinada área geográfica para um masterfranqueado. Esse masterfranqueado atua como um intermediário entre a franqueadora original e os novos franqueados que ele recruta e suporta na sua região. Ele se torna, então, uma extensão da franqueadora, encarregado de implementar o sistema de franquia localmente, atrair novos empreendedores e os auxiliar em suas operações.

O papel do masterfranqueado

O masterfranqueado é um empreendedor que assume a responsabilidade de administrar, desenvolver e expandir a marca em sua região designada. Ele atua como um parceiro da franqueadora, compartilhando seu conhecimento do mercado local, cultura e regulamentações. Além disso, ele desempenha um papel fundamental na busca para atrair novos franqueados, no treinamento e suporte contínuo desses empreendedores locais e na garantia da conformidade com os padrões estabelecidos pela franqueadora. 

O masterfranqueado pode atuar em um município, uma cidade ou até um país, dependendo da necessidade da franqueadora e do contrato com ele firmado. Assim, uma mesma marca pode ter vários masterfranqueados, dependendo de seu plano de expansão.

Benefícios da master franquia para a marca

  • Crescimento rápido e estruturado: Por meio da colaboração com masterfranqueados, a expansão da rede pode ser acelerada de maneira estruturada, aproveitando o conhecimento local e a experiência do masterfranqueado.
  • Acesso ao mercado local: O masterfranqueado muitas vezes possui conhecimento do mercado local, cultura e preferências, permitindo adaptações eficazes do modelo de negócios.
  • Redução de custos: A terceirização da venda e suporte de franquias para masterfranqueados reduz os custos operacionais da franqueadora.
  • Economia de tempo: O masterfranqueado assume a responsabilidade pela gestão diária da rede local, liberando os recursos da franqueadora para serem concentrados em estratégias globais.

Cuidados e precauções para franqueadoras

  • Seleção criteriosa: Escolher masterfranqueados com histórico sólido, experiência em franchising e compreensão do mercado local é fundamental.
  • Contrato detalhado: O contrato entre a franqueadora e o masterfranqueado deve estabelecer claramente as responsabilidades, direitos e obrigações de ambas as partes. Por isso, é fundamental contar com um advogado especializado em franchising.
  • Comunicação constante: Manter uma comunicação aberta e constante com os master franqueados é necessário para alinhar estratégias e resolver quaisquer desafios.
  • Treinamento e suporte: Fornecer treinamento abrangente e suporte contínuo aos masterfranqueados é crucial para garantir que eles estejam capacitados para liderar a rede local com sucesso.

Por que o master franqueado é valioso para a marca?

O master franqueado é uma peça-chave no crescimento da marca, pois combina o conhecimento da franqueadora com a visão local do mercado. Ele atua como um embaixador da marca em sua região, impulsionando o recrutamento de novos franqueados e assegurando a expansão eficaz da rede. O comprometimento do franqueado master em prol do sucesso da marca é uma grande vantagem.

Quem pode ser um master franqueado?

O papel do master franqueado exige um perfil empreendedor, habilidades de liderança, capacidade de relacionamento interpessoal e um entendimento profundo do setor de franquias. Empresários experientes, investidores institucionais e até mesmo franqueados que desejam expandir sua presença podem se qualificar para se tornarem franqueados master. No entanto, é essencial que eles também estejam dispostos a assumir o compromisso financeiro e de tempo associado a essa posição estratégica.

Em resumo, a master franquia representa uma abordagem bastante interessante para a expansão de marcas no mercado de franchising. Ao compreender os conceitos, benefícios, cuidados e requisitos envolvidos nesse modelo de negócios, as franqueadoras podem tomar decisões informadas que impulsionarão o crescimento sustentável e bem-sucedido da rede.

Apesar de ser uma estratégia inteligente, não existe uma estrada única que defina, de regra, qual a melhor forma de expansão da marca. Da mesma maneira que assistimos master franquias internacionais tendo sucesso no território nacional, também vislumbramos marcas brasileiras com muita dificuldade de expandir com master franqueados dentro do Brasil. Isso porque temos uma diversidade complexa de costumes, público e” modus operandi” de região para região. O mais relevante é primeiramente buscar um diagnóstico de franqueabilidade que lhe comprove, por números, dados e informações de mercado, que a master franquia é uma boa opção para sua marca. Depois disso, e ainda fundamental, é ir à busca e seleção do parceiro adequado. Por isso, como em Franchising não existe apenas um caminho de sucesso para todos, mas um adequado e justo para cada marca, cabe ao Franqueador pesquisar, investigar, estudar e entender muito profundamente o seu negócio e o mercado que atua para decidir  qual melhor direção deverá seguir. 

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Para ter contratos sólidos com masterfranqueados, é essencial que franqueadores busquem o suporte de profissionais jurídicos especializados em franchising. Dessa forma, é possível garantir a elaboração de documentos claros e equilibrados, estabelecendo uma base para o sucesso e a harmonia na relação entre as partes envolvidas.

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O compartilhamento de ponto comercial é uma estratégia inteligente. Ao unir duas ou mais marcas num mesmo local, empreendedores podem dividir custos de operação e locação, conquistar e fidelizar os mesmos consumidores e aumentar o ticket médio das vendas. É o chamado conceito store in store (loja dentro de loja, numa tradução livre), bastante utilizado por franqueadoras em processo de expansão.

Se você quer entender melhor sobre esse conceito, esse texto tem as informações necessárias para ampliar seu conhecimento!

O que é store in store?

Store in store não é um conceito novo: a ideia surgiu com os grandes magazines, quando marcas eram convidadas a instalar corners de produtos exclusivos e destinar vendedores naquele espaço para promover suas marcas. No Brasil, Mappin, Mesbla e outras grandes multimarcas se valeram do conceito.

Estudiosos do varejo lembram que geladeiras de sorvete e de refrigerantes, com marcas exclusivas em supermercados, também são espécies de precursoras da store in store, conceito que remete à exclusividade.

Em franchising, o modelo se aprimorou. As lojas de conveniência foram as primeiras a adotá-lo como verdadeira parceria entre empresas franqueadoras, também com corners. Casa do Pão de Queijo e Dunki’n Donuts, na década de 90, ofereciam aos franqueados a possibilidade de colocar estantes de produtos nesses estabelecimentos dos postos de gasolina: ao franqueado, cabia a manutenção do corner e o fornecimento dos produtos, que eram manipulados pelos funcionários da loja de conveniência. A parceria era boa para todo mundo: os donos dos corners lucravam com os clientes das lojas de conveniência e esses estabelecimentos ofereciam produtos famosos aos consumidores, aumentando as vendas.

Nesse modelo de store in store, como se nota, as marcas não precisam pertencer ao mesmo grupo para formar parceria e dividir o mesmo espaço. Os franqueados da Casa do Pão de Queijo e da Dunki´n Donuts também não pagavam aluguéis, mas um percentual das vendas dos seus produtos à loja de conveniência.

Serviços aliados a produtos

Store in store também é um conceito de expansão de franquias utilizado por marcas de um mesmo grupo e até por redes que aliam varejo de produtos ao varejo de serviços.

Existem, por exemplo, lojas de suplementos alimentares e artigos esportivos que, no mesmo espaço, conjugam clínicas estéticas; salões de beleza com lojas de cosméticos; restaurantes com empórios; livrarias com cafeterias e outras combinações que mostram que o store in store pode ser um negócio lucrativo e vantajoso. 

Vantagens na expansão de franquias

Como citado no começo deste texto, a store in store permite que, ao compartilhar o mesmo ponto comercial, as marcas tenham benefícios como a visibilidade, a economia na locação, o compartilhamento da clientela e a divisão dos custos operacionais. 

Cada modelo de negócio segue suas definições, tendo a loja que está dentro da outra um determinado espaço, conforme a negociação, a característica do empreendimento ou a demanda do consumidor.

De qualquer maneira, na expansão de franquias, essa operação pode ser interessante especialmente para localidades em que os pontos comerciais são caros ou escassos, quando há empreendimentos que comportam diversos outros (como as paradas em estradas, que agregam diversos restaurantes, casa lotérica, lojas de roupas e calçados, espaço kids, dentre outras operações) ou quando uma franqueadora tem marcas afins e pode oferecê-las ao mesmo franqueado.

Modelo segue a lei de franquias?

Qualquer formato de franquia deve seguir a lei 13.966/19, que rege o sistema de franquias no Brasil. O franqueado que atuará com o modelo store in store deverá receber a Circular de Oferta de Franquia (COF) dez dias antes da assinatura do contrato de franquia para poder analisá-la adequadamente, ter contrato de franquia compatível ao detalhamento da COF e a franqueadora deverá seguir a legislação. Nada muda em relação a outros modelos de franquia.

Porém é necessário que sejam feitos contratos específicos para a operação junto a outros estabelecimentos, sejam eles da própria franqueadora, de outra marca, de outro franqueado ou mesmo uma varejista que não atue com franquias. E é justamente este contrato que precisa ser muito bem redigido para garantir a segurança jurídica do negócio, tanto para salvaguardar a marca (da franqueadora) quanto a unidade franqueada.

Tenha o suporte jurídico necessário para sua operação

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Para que seus contratos sejam redigidos de forma completa, você precisa de advogados especializados em franchising, que atuem estrategicamente e entendam de negócios! 

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Escolher a franquia ideal é uma decisão empolgante, repleta de oportunidades e desafios. Assim, participar de feiras é uma ótima maneira de explorar diversas opções de negócio e entrar em contato direto com os franqueadores. 

No entanto, diante dessa diversidade, é necessário saber como optar pela certa para você. Neste artigo, vamos explorar dicas e orientações sobre como escolher a franquia em uma feira.

Prepare-se para descobrir estratégias valiosas que o ajudarão a tomar uma decisão informada e encontrar a franquia dos seus sonhos. Confira-as a seguir e boa leitura!

Afinal, o que é uma feira de franquias?

De forma direta, uma feira de franquias é um evento especializado que reúne empresas franqueadoras e empreendedores interessados em investir. É um espaço animado onde as empresas têm a oportunidade de apresentar suas marcas, conceitos de negócio e modelos de franquia para potenciais empreendedores. 

Elas funcionam a partir de estandes convidativos; exibem informações sobre suas franquias, produtos ou serviços; e compartilham detalhes sobre investimentos e suporte oferecido aos franqueados.

Quais as vantagens? Os empreendedores interessados em abrir uma franquia têm a chance de explorar diversas opções de negócio em um só lugar. Eles podem conhecer diferentes redes, obter informações detalhadas, conversar diretamente com os representantes das empresas e esclarecer dúvidas. 

É uma enorme chance para comparar diferentes oportunidades de investimento e encontrar a franquia ideal. Em outras palavras, também é um evento imperdível para aqueles que desejam entrar no emocionante mundo do franchising. 

Entenda mais: entre os dias 28 de junho e 1º de julho, ocorrerá a 30ª edição da ABF Franchising Expo, no Expo Center Norte, na capital paulista.

Mas como escolher a melhor opção? Confira abaixo nossas dicas!

Pesquise com antecedência

Uma das principais dicas para escolher uma franquia é realizar pesquisas antecipadamente. Antes de comparecer ao evento, reserve um tempo para estudar sobre as marcas que estarão presentes. O que você deve investigar?

Analise o histórico da empresa, a reputação no mercado, o segmento em que atua e a presença geográfica. Busque informações sobre o desempenho financeiro das unidades, o seu modelo de negócio e o suporte oferecido aos franqueados.

Além disso, é importante entender o setor em que você pretende investir. Avalie a demanda do mercado, as tendências e as oportunidades de crescimento. Considere suas habilidades, experiências e interesses para encontrar uma franquia que esteja alinhada com seu perfil.

Uma pesquisa prévia também ajudará a filtrar as opções e a focar as franquias que melhor se encaixam em seus critérios e objetivos. Isso será fundamental para maximizar sua experiência na feira e aumentar as chances de encontrar a marca ideal para investir.

Defina seu orçamento

Outro aspecto importante no processo de escolha é definir seu orçamento. Antes de visitar o evento, é essencial estabelecer um limite financeiro realista para o investimento na franquia.

A determinação do orçamento varia para cada investidor, mas tenha em mente que ela permitirá que você direcione sua busca e avalie as opções que estão dentro de sua capacidade financeira.

Considere não apenas o investimento inicial necessário para adquirir o negócio, mas também os custos operacionais contínuos, como taxas de royalties, aluguel, folha de pagamento e suprimentos.

Leve em conta suas finanças pessoais, bem como a projeção de retorno do investimento e o prazo esperado para atingir o ponto de equilíbrio e começar a obter lucro. 

Lembre-se: é importante ser realista e evitar se comprometer com uma franquia que esteja além de suas possibilidades financeiras.

Encontre um equilíbrio entre suas aspirações de negócios e suas finanças para garantir que você faça um investimento seguro e sustentável. Definir o orçamento desde o início ajudará você a otimizar sua participação na feira e identificar oportunidades que estão alinhadas com suas possibilidades.

Avalie seu perfil empreendedor

Compreender suas habilidades, seus interesses e suas características pessoais ajudará a encontrar uma franquia que esteja alinhada com suas aptidões e preferências, e não há nada melhor do que isso. 

Para avaliar seu perfil da forma correta, lembre-se de considerar pontos como:

Habilidades e experiências: analise suas habilidades profissionais, conhecimentos técnicos e experiências anteriores. Identifique pontos fortes e áreas nas quais se destaca. Isso ajudará a determinar o tipo de franquia em que você pode ter um desempenho melhor.

Interesses e paixões: considere seus interesses pessoais e suas paixões. Optar por uma franquia que esteja relacionada a uma área que você aprecie e tenha afinidade aumentará sua motivação e seu comprometimento.

Estilo de trabalho: reflita sobre seu modo de trabalho preferido. Você é mais inclinado a uma gestão prática e operacional ou prefere um papel mais estratégico e de supervisão? Identificar seu estilo ajudará a escolher uma franquia com a qual se sinta confortável.

Tolerância ao risco: avalie sua tolerância ao risco. Algumas franquias podem exigir um investimento maior e envolver maior nível de incerteza. Considere se tem disposição para assumir riscos ou se prefere uma franquia mais estável e consolidada.

Converse com outros franqueados

Uma etapa importante ao escolher uma franquia é conversar com franqueados que possuem experiência nesse mercado. 

Ao interagir com pessoas que já fazem parte da rede, você pode obter insights valiosos sobre a vivência deles e a parceria com o franqueador. Caso não tenha experiência, considere os seguintes tópicos:

  • experiência prática;
  • suporte do franqueador;
  • desempenho financeiro;
  • relacionamento com o franqueador;
  • satisfação geral.

Lembre-se de que as experiências podem variar de franqueado para franqueado, então é importante coletar informações de várias fontes para tomar uma decisão informada.

Portanto, não deixe de aproveitar a oportunidade de se conectar com outros empreendedores durante uma feira de franquias e obter informações relevantes sobre o negócio que você está considerando.

Consulte um especialista

Consultar especialistas é essencial ao escolher uma franquia em feiras. Alguém que entende de franchising pode fornecer conhecimentos valiosos e orientação personalizada para iniciar sua jornada empreendedora. 

Além disso, uma opinião profissional também oferece outra perspectiva necessária e imparcial sobre as oportunidades de franquia disponíveis. Dessa forma, o auxílio adequado pode ajudá-lo a aumentar suas chances de sucesso como franqueado. 

Portanto, não subestime o valor de buscar o apoio de um especialista para escolher uma franquia em uma feira. Em caso de qualquer dúvida acerca do suporte jurídico no franchising, entre em contato conosco! Estamos prontos para auxiliá-lo!

Você sabe qual é a melhor franquia para se investir atualmente? A resposta para esta pergunta pode depender de alguns fatores. Neste artigo, exploraremos informações valiosas sobre como escolher a franquia ideal, identificar setores em crescimento, tomar cuidados importantes antes de investir e muito mais. 

Este espaço é dedicado a empreendedores em busca de novas possibilidades e àqueles interessados em adquirir uma franquia. Nosso objetivo é fornecer insights e orientações para que você tome decisões embasadas e alcance o sucesso no mercado de franquias. 

Junte-se a nós nesta emocionante jornada e descubra as infinitas oportunidades que as franquias podem oferecer! Confira abaixo e boa leitura!

Como escolher a melhor franquia para investir?

Investir em uma franquia pode ser uma excelente oportunidade de negócio, mas escolher a certa é um fator crucial para o sucesso. Antes de tomar uma decisão, é importante seguir alguns passos essenciais para garantir que você esteja fazendo a escolha correta.

Primeiramente, é necessário se conhecer. Faça uma autoavaliação e identifique seus interesses, suas habilidades e suas experiências. Considere o que você gosta de fazer e no que é bom. Ao escolher uma franquia alinhada com seus pontos fortes e interesses pessoais, você terá mais motivação e engajamento em seu novo empreendimento.

A pesquisa de mercado é outro ponto fundamental. Analise as tendências do mercado local e identifique os setores em crescimento. Observe a demanda do público e as oportunidades disponíveis. Uma pesquisa detalhada ajudará a identificar franquias com potencial de sucesso e maior retorno sobre o investimento.

Além disso, é crucial avaliar o histórico do franqueador. Pesquise sobre a reputação, estabilidade financeira e experiência da empresa. Verifique o número de unidades franqueadas, a taxa de crescimento e a satisfação dos franqueados existentes. 

O suporte e treinamento fornecidos pela franqueadora também são aspectos importantes a serem considerados. Certifique-se de que haja um programa de treinamento abrangente, suporte operacional contínuo, assistência de marketing e apoio na escolha do local. Um suporte eficaz é fundamental para o crescimento e sucesso da franquia.

A análise financeira é uma etapa crucial. Analise o investimento inicial, as taxas de franquia, os royalties e o fluxo de caixa projetado. Faça uma projeção realista dos custos e do retorno esperado. Considere também o período necessário para atingir o ponto de equilíbrio financeiro e alcançar lucratividade.

Além disso, converse com franqueados atuais e antigos para obter informações valiosas. Pergunte sobre suas experiências, os desafios enfrentados e o nível de suporte recebido. Essas conversas irão fornecer uma visão realista da franquia e ajudar na tomada de decisão.

Por fim, avalie cuidadosamente o contrato de franquia. Consulte um advogado especializado para revisar o contrato e garantir que você entenda todas as cláusulas, restrições e obrigações contratuais.

Lembre-se de que a pesquisa minuciosa e o planejamento adequado são fundamentais para minimizar riscos e maximizar suas chances de sucesso no mundo das franquias. Entre em contato conosco para obter mais recomendações!

Setores de franquias em alta: oportunidades de investimento

Os setores de franquias em alta oferecem oportunidades promissoras de investimento para empreendedores. Identificar esses setores em crescimento é essencial para aproveitar o potencial lucrativo do mercado.

Atualmente, existem diversos setores que se destacam. Um deles é o de alimentação saudável, impulsionado pela crescente preocupação com a saúde e o bem-estar. Franquias que oferecem opções de alimentos saudáveis, como saladas, sucos naturais e refeições balanceadas, têm conquistado um público crescente.

Outro setor em destaque é o de serviços de cuidados pessoais. Com a busca por qualidade de vida e bem-estar, franquias voltadas para spas, salões de beleza, clínicas estéticas e academias têm obtido muito sucesso. Os consumidores estão dispostos a investir em serviços que promovam o autocuidado e a saúde.

A tecnologia também é um setor em constante crescimento. Franquias que oferecem soluções inovadoras, como desenvolvimento de software, consultoria em TI ou serviços de automação, estão em alta demanda. A transformação digital tem impulsionado empresas e torna essas franquias atrativas para investidores.

A preocupação com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente impulsiona o setor de franquias verdes. Empreendimentos que oferecem produtos e serviços ecologicamente corretos, como energia renovável, reciclagem e produtos sustentáveis, estão se destacando no mercado.

Cada setor possui suas peculiaridades e requer um estudo aprofundado. Pesquisar e entender as características específicas de cada um ajudará a identificar as melhores oportunidades de investimento. 

Com análise e planejamento adequados, é possível encontrar uma franquia na área certa e aproveitar o crescimento do mercado!

Franquias de baixo investimento: opções acessíveis para empreender

As franquias de baixo investimento têm se tornado uma alternativa atraente para empreendedores que desejam iniciar um negócio com recursos financeiros mais limitados. Essas opções oferecem uma entrada mais acessível no mundo das franquias, permitindo que indivíduos com orçamentos mais modestos realizem o sonho de empreender.

Uma das principais vantagens das franquias de baixo investimento é a redução do risco financeiro. Com um valor de investimento mais acessível, o empreendedor tem a oportunidade de iniciar um negócio com menos comprometimento de capital. 

Isso proporciona uma margem de segurança maior, especialmente para aqueles que estão começando no mundo dos negócios. O bom é que existem diferentes setores que oferecem opções de franquias de baixo investimento. 

Uma dica especial é entender as diferenças entre microfranquias e nanofranquias. Em todo caso, lembre-se de contar com o auxílio de profissionais experientes neste mercado, como a Novoa Prado!

Entender como uma franquia funciona é essencial antes de optar por esse ramo. Mas será que ele é um bom negócio? Podemos adiantar que sim, franquia é um bom negócio, e vamos convencer você disso.

A primeira coisa a saber é que, assim como em outros investimentos, é preciso ter responsabilidade e conhecimento suficientes para o negócio ser próspero e duradouro. Como fazer isso da forma correta? Quais os modelos existem no mercado? Como administrar o financeiro?

Essas são apenas algumas das principais dúvidas que vamos esclarecer neste artigo. Também daremos dicas preciosas para você que está iniciando. Vamos lá!

O que são franquias e como funcionam?

No sistema de franquias, uma empresa (franqueador) concede a um empreendedor (franqueado) o direito de usar sua marca, produtos ou serviços, além de fornecer suporte e orientação para a operação do negócio. 

O franqueado investe em uma unidade e concorda em seguir as diretrizes e os padrões estabelecidos pelo franqueador.

O franqueador se beneficia da expansão de sua marca através de novas unidades, enquanto o franqueado tem a vantagem de iniciar um negócio com menor risco, aproveitando o conhecimento e a experiência já conquistados pelo franqueador.

É importante ressaltar que, nesse modelo, há um contrato estabelecido entre as partes, definindo as obrigações e os direitos de cada uma. O contrato de franquia detalha aspectos como taxas, território de atuação, treinamento, suporte contínuo e duração do acordo.

Os diferentes tipos de franquias disponíveis

Existem diversos modelos de franquias, e é essencial se atentar ao que melhor se enquadra aos seus requisitos, já que cada um tem suas particularidades. Vamos conhecer alguns tipos mais comuns? Confira abaixo!

  1. a) Franquias de produtos: nesse modelo, o franqueador oferece produtos ou mercadorias para serem vendidos pelo franqueado em uma loja física, como unidades de moda, decoração, eletrônicos e cosméticos.

  1. b) Franquias de serviços: aqui o franqueador fornece serviços ao cliente final através do franqueado. Isso pode abranger áreas como limpeza, manutenção, consultoria, educação, turismo e saúde.

  1. c) Franquias de alimentação: estão relacionadas ao setor de alimentos e bebidas, incluindo fast food, restaurantes temáticos, cafeterias, sorveterias e padarias.

  1. d) Franquias home based: permite que o franqueado opere o negócio em sua própria residência, sem a necessidade de um espaço comercial físico, como consultorias online, serviços de marketing digital e revendas de produtos.

  1. e) Franquias de varejo: operam em locais tradicionais, como shoppings e centros comerciais. Elas abrangem uma variedade de setores, por exemplo, vestuário, acessórios, brinquedos e eletrônicos.

Lembre-se de que essas são apenas algumas categorias, e o mercado oferece uma infinidade de opções em diversos setores de negócio. Conheça outras possibilidades entrando em contato conosco agora mesmo!

Ao explorar os diferentes tipos de franquias, os empreendedores têm a oportunidade de escolher um modelo que se alinhe a seus interesses, habilidades e objetivos de negócio.

Vantagens de investir em uma franquia: reduzindo riscos e aproveitando a força da marca

Investir em uma franquia oferece várias vantagens significativas em comparação a iniciar um novo negócio do zero. Mas é preciso tomar essa decisão com sabedoria, visto que estamos falando de empreendimentos. 

Aqui estão algumas das principais vantagens que a tornam uma opção atraente para muitos empreendedores.

Redução de riscos

Ao optar por uma franquia, os empreendedores podem reduzir significativamente os riscos associados ao início de um novo empreendimento. Isso ocorre porque já existe um modelo de negócio testado e comprovado, minimizando a incerteza e aumentando as chances de sucesso. 

O franqueado se beneficia da experiência acumulada pelo franqueador ao longo dos anos, evitando erros comuns e contando com um sistema já estabelecido. No entanto, isso não é uma regra. É preciso ter apoio jurídico para garantir um bom funcionamento.

Marca reconhecida

Uma das vantagens mais evidentes de investir em uma franquia é a possibilidade de trabalhar com algo já reconhecido e estabelecido no mercado. Isso oferece ao empreendedor uma vantagem competitiva desde o início, pois a marca já possui credibilidade e uma base de clientes. 

A familiaridade e a confiança associadas à marca podem atrair pessoas mais rapidamente, acelerando o crescimento do negócio. Cabe ao franqueado garantir que a boa reputação seja mantida nos padrões da empresa.

Suporte do franqueador

Os franqueadores geralmente fornecem amplo suporte e assistência aos franqueados. Isso pode incluir treinamento inicial e contínuo, orientação na escolha do local, apoio na gestão operacional, estratégias de marketing e publicidade, e suporte técnico

Além disso, o franqueador tem interesse direto no sucesso dos franqueados e, portanto, está disposto a oferecer as ferramentas e o conhecimento necessários para ajudá-los a prosperar.

Acesso a recursos e fornecedores estabelecidos

Ao ingressar em uma franquia, o franqueado pode se beneficiar do acesso a uma rede estabelecida de fornecedores e recursos. Assim, ele pode ter preços mais competitivos, melhores condições de compra e uma cadeia de suprimentos confiável. 

O franqueador geralmente tem acordos estabelecidos com fornecedores, o que facilita a obtenção de materiais e produtos necessários para o negócio, além de garantir a qualidade.

Pesquisar a franquia certa e encontrar a melhor opção para você

Ao considerar investir em uma franquia, é essencial dedicar tempo e esforço à pesquisa e à seleção. Aqui estão algumas orientações para ajudá-lo nesse processo.

Autoavaliação de perfil, interesses e habilidades

Antes de iniciar a pesquisa, é importante considerar seu perfil como empreendedor. Reflita sobre seus interesses, paixões e habilidades. Pergunte-se: qual setor de negócio me atrai? Quais são minhas competências e experiências relevantes? 

Identificar suas preferências pessoais e alinhar seus pontos fortes com as oportunidades disponíveis ajuda a direcionar sua busca por franquias que estejam em sintonia com seus objetivos e estilo de vida.

Investigação de marca, histórico e reputação do franqueador

Antes de tomar uma decisão, é crucial realizar uma investigação completa sobre a marca e o franqueador. 

Busque informações sobre a história da empresa, seu sucesso no mercado, número de unidades em operação e, se possível, entre em contato com franqueados atuais para obter feedback sobre a experiência deles. 

Verifique a reputação da marca em termos de qualidade do produto ou serviço, de relacionamento com franqueados e de satisfação dos clientes. Isso fornece uma visão mais clara sobre a credibilidade e o potencial de crescimento.

Aspectos financeiros

Antes de se comprometer com uma franquia, é fundamental entender os aspectos financeiros envolvidos. Analise cuidadosamente o investimento inicial necessário, incluindo taxas de franquia, custos de instalação, estoque inicial e despesas operacionais. 

Avalie também o potencial de retorno do investimento e o tempo estimado para alcançar o ponto de equilíbrio e obter lucros. 

Além disso, revise o contrato de franquia com atenção, considerando cláusulas como royalties, taxas de publicidade e suporte contínuo. Certifique-se de compreender as obrigações financeiras envolvidas antes de tomar a decisão final.

Custos envolvidos na abertura de uma franquia: finanças e suas considerações importantes

Antes de abrir uma franquia, é fundamental analisar cuidadosamente os custos envolvidos. Aqui estão alguns aspectos financeiros fundamentais a serem considerados:

Necessidade de capital inicial

Ao investir em uma franquia, é importante ter uma compreensão ampla dos custos iniciais envolvidos. Isso inclui taxas de franquia, que são pagamentos únicos para obter o direito de usar a marca, além de custos de instalação, aquisição de equipamentos, reformas no local, estoque inicial, licenças e seguros.

Além disso, é essencial reservar fundos para cobrir as despesas operacionais nos primeiros momentos, antes de o negócio começar a gerar lucro.

Fontes de financiamento

Muitos empreendedores buscam fontes de financiamento para cobrir os custos iniciais de uma franquia. Elas podem incluir economias pessoais, empréstimos bancários, financiamento coletivo, investidores ou programas de apoio ao empreendedorismo. 

É importante pesquisar e avaliar cuidadosamente as diferentes opções disponíveis, considerando taxas de juros, prazos de pagamento e requisitos de garantia. Alguns franqueadores podem ter parcerias com determinadas instituições para oferecer financiamento preferencial a eles.

Retorno sobre o Investimento (ROI)

Ao considerar uma franquia, é essencial avaliar o Retorno sobre o Investimento (ROI). Trata-se de uma métrica que calcula sua rentabilidade, levando em conta o tempo necessário para recuperar o capital investido. 

Para interpretar esse dado, é importante analisar os números financeiros, como o investimento total necessário, as despesas operacionais recorrentes, as projeções de receita e os fluxos de caixa estimados. 

Com base nessas informações, é possível calcular o tempo para obter retorno e determinar a lucratividade do negócio em longo prazo.

Desafios e considerações

Abrir uma franquia apresenta desafios e considerações adicionais. Por exemplo, é importante estar ciente das obrigações estabelecidas no contrato, como o pagamento de royalties e taxas de publicidade.

Além disso, a gestão eficaz do negócio e a capacidade de cumprir os padrões e as diretrizes do franqueador são cruciais para o seu sucesso. 

É necessário estar preparado para enfrentar a concorrência, adaptar-se às demandas do mercado local e dedicar tempo e esforço para construir e gerenciar uma equipe competente.

Por fim, nossa dica mais importante é: buscar orientação profissional e aproveitar recursos oferecidos por associações e consultorias especializadas em franquias pode ser altamente benéfico no processo de avaliação e tomada de decisão. Para isso, conte com a Novoa Prado!

Se você está pensando em investir em uma franquia, provavelmente já ouviu falar sobre o papel do franqueador nessa relação. Ele é responsável por fornecer orientação, suporte e recursos para que o franqueado possa operar o negócio de forma eficaz e obter sucesso.

 

Neste artigo, discutiremos em detalhes a função do franqueador nessa relação e como ele pode ajudar a garantir o sucesso da rede.

 

Abordaremos aspectos como seleção e treinamento de franqueados, suporte e monitoramento contínuo, comunicação eficaz e outros fatores fundamentais para a construção de uma relação sólida e produtiva entre franqueador e franqueados. Vamos lá? Confira abaixo e boa leitura!

O papel do franqueador na relação de franquia: entendendo as responsabilidades

No modelo de franquia, o franqueador tem um papel importante na relação com o franqueado. Ele é responsável por fornecer um conjunto de ferramentas, recursos e diretrizes que ajudam a operar o negócio de forma eficiente e eficaz. Isso inclui formações, suportes, manuais e orientações operacionais, entre outras responsabilidades.

 

O franqueador é geralmente responsável por fornecer treinamento inicial ao franqueado, para ajudá-lo a se familiarizar com os processos e os procedimentos da empresa. Isso pode incluir capacitação em vendas, gestão de estoque, atendimento ao cliente e muito mais. 

 

Também deve disponibilizar um manual operacional que contenha informações detalhadas sobre como operar o negócio. Esse material pode incluir informações sobre a marca, a identidade visual, os produtos e os serviços.

A importância da comunicação na relação entre franqueador e franqueado

A comunicação é fundamental para uma relação saudável entre o franqueador e o franqueado. A falta dela pode levar a mal-entendidos, conflitos e problemas no relacionamento. É importante que eles mantenham uma comunicação aberta e frequente para garantir que a parceria seja bem-sucedida.

 

O franqueador deve estar aberto a ouvir feedback do franqueado e disposto a agir com base nas necessidades e nas preocupações dele. Também deve fornecer retorno a ele regularmente, elogiando suas realizações e dando orientações quando necessário, por exemplo.

 

Além disso, a comunicação deve ser clara e transparente. O franqueador deve disponibilizar informações financeiras precisas e atualizadas ao franqueado, responder às perguntas e passar orientação sempre que necessário. 

 

O franqueador também deve oferecer informações sobre as expectativas de desempenho e as responsabilidades de ambas as partes.

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A importância da seleção de franqueados para o sucesso do negócio

Um dos principais fatores que influenciam o sucesso de uma rede de franquias é a seleção cuidadosa de franqueados. O franqueador deve ser rigoroso ao avaliar e selecionar candidatos, buscando aqueles que tenham o perfil adequado para o negócio. Isso significa que o franqueado deve ter habilidades empreendedoras, gerenciais e financeiras, bem como compartilhar valores e visão da empresa.

 

A seleção cuidadosa ajuda a garantir que a rede tenha franqueados comprometidos, que se esforçam para manter os padrões da marca e trabalham duro para alcançar o sucesso. Além disso, a escolha criteriosa ajuda a evitar problemas futuros, como litígios e disputas com franqueados.

 

O processo de seleção geralmente envolve a avaliação de candidatos em várias áreas, incluindo sua experiência empresarial, suas habilidades de gerenciamento e liderança, bem como sua capacidade financeira para investir no negócio. Também é importante verificar se o candidato possui valores compatíveis  com a cultura da empresa.

A relevância da padronização para o sucesso da rede de franquias

A padronização é fundamental para o sucesso da rede. Ela se refere a um conjunto de procedimentos, políticas e diretrizes que deve ser seguido por todos os franqueados. Isso ajuda a garantir que a marca seja consistente em todas as unidades da rede e que os clientes tenham a mesma experiência em todas as lojas.

 

Esse alinhamento também ajuda a garantir que os franqueados operem de forma eficiente e eficaz. Com um conjunto de processos e procedimentos padronizados, os franqueados podem se concentrar em fornecer um serviço excepcional ao cliente e ter sucesso no negócio, em vez de gastar tempo desenvolvendo procedimentos internos.

 

Entre em contato com a Novoa Prado

Ao longo deste artigo, discutimos o papel do franqueador na relação de franquia e destacamos a importância de aspectos como seleção e treinamento de franqueados, suporte e monitoramento contínuo, além de comunicação clara e eficaz.

 

Para que a relação seja bem-sucedida, é fundamental que o franqueador atue como um verdadeiro parceiro, disponibilizando recursos e orientações para que o franqueado alcance o sucesso em seu negócio.

 

A Novoa Prado é um escritório especializado em franchising, que oferece soluções personalizadas para a gestão de redes de franquias, desde a concepção do modelo de negócio até a expansão e o suporte contínuo. 

 

Com uma equipe altamente qualificada e experiência em diversos segmentos, a Novoa Prado é a parceira ideal para ajudar sua rede a crescer e prosperar.

 

Se você está buscando uma empresa de consultoria em franchising confiável e experiente, entre em contato com a Novoa Prado e saiba como podemos fazer sua rede de franquias alcançar todo o seu potencial.

Existem diversas formas de expandir uma rede e cada uma delas – franquia, licenciamento, distribuição e representação comercial, por exemplo – têm suas particularidades. Em relação à franquia e ao licenciamento, não se pode confundir as operações e, muito menos, acreditar que o licenciamento é um passo anterior à franquia. Mas, como decidir a forma se a melhor forma de expansão da sua rede é por franquia ou licenciamento? Leia esse texto até o final e entenda.

Há um entendimento errôneo de que a empresa que não está preparada para ser franqueadora pode ser uma licenciadora. É uma inverdade, que precisa de esclarecimento.

A franquia é caracterizada pela transferência de know-how e a própria lei que rege o sistema de franchising no Brasil, 13.966/19, deixa essa questão muito clara. Já o licenciamento é marcado basicamente pela oferta de uma marca e um produto, sem essa transferência de know-how. Assim, não há como confundir as duas formas de expansão.

As empresas devem ser bem orientadas antes de decidirem sob qual bandeira expandirão suas marcas. Para ela, quem tem uma boa marca e produtos, mas não tem um know-how de como atuar no varejo, por exemplo, deve optar pelo licenciamento. Essa empresa procurará parceiros licenciados que já sabem como gerir um negócio, com capacidade para treinar equipes, operar softwares e fazer a própria gestão da empresa. A licenciadora não terá controle sobre carteira de clientes ou dados, que pertencem ao licenciado.

Já as empresas que podem transferir know-how, a partir de treinamentos iniciais e contínuos, oferecem tecnologia e suporte podem se tornar franqueadoras. A lei de franquias não obriga nenhuma marca a ter uma super estrutura de suporte ou treinamento para seus franqueados – apenas os convoca a citar, na Circular de Oferta de Franquia, o que oferecerão a eles.

Assim, uma franqueadora pode crescer conforme sua rede vai crescendo também, com acréscimo de mais suporte, mais treinamento e mais inovação. Os franqueados, ao contrário dos licenciados, são parceiros comerciais que precisam de transferência de know-how, ou seja, de aprender com a marca como operar o negócio para chegar ao sucesso.

O que não se deve é acreditar que o licenciamento substitui a franquia – ou vice-versa. Empresas que não estão preparadas para ser franqueadoras devem passar por uma boa estruturação, entendendo os pormenores do sistema de franchising, para se expandirem por essa estratégia. Usar o licenciamento como ‘um passo anterior’ é um erro, porque os parceiros têm perfil completamente diferente.

 

Como definir a estratégia?

As marcas precisam entender que tanto a franquia quanto o licenciamento apresentam características próprias e exigem das empresas determinados posicionamentos – dando, em troca, benefícios e algumas desvantagens:

Licenciamento – A licenciadora oferece uma marca e produtos renomados para parceiros que já têm experiência com o cliente. Esses licenciados têm total liberdade para definir o layout de suas lojas, bem como a forma de atuar com os clientes, porque não seguem uma padronização ou treinamento, consultoria de campo ou outras particularidades que são características da franquia. Não existe transferência de know-how – uma obrigatoriedade de franqueadoras, não de licenciadoras – e, com desvantagem, a carteira de clientes pertence ao licenciado, com a empresa licenciadora tendo pouco ou nenhum acesso e controle sobre dados e números da empresa parceira. Não há uma lei específica para o Licenciamento.

Franquia – A franqueadora oferece um negócio formatado, com layout e regras que são seguidas por todas as unidades franqueadas, de forma padronizar a operação. O franqueado recebe treinamento inicial e contínuo, para transferência de know-how, aprendendo a operar o negócio com a empresa franqueadora. A tecnologia também é ofertada pela franqueadora, com softwares de gestão que permitem o controle de dados e acesso à carteira de clientes, que pertence à marca – e não à unidade franqueada. A franqueadora segue a lei 13.966/19, que rege o sistema de franquias no Brasil, e cresce em estrutura junto com sua rede.

Para finalizar, vale lembrar que as empresas que operam com negócios que têm todas as características de franquia, mas não se enquadram nesse tipo de negócio, podem sofrer as penalidades da lei, caso o parceiro de negócios as acione na Justiça. É fundamental, portanto, que a relação seja transparente e que os documentos sejam bem elaborados, para que cada parceiro saiba exatamente o que esperar da outra parte, tornando a relação vantajosa para todos.

Por Melitha Novoa Prado*

 

Discutir os papéis do franqueador e do franqueado parece ser um tanto quanto óbvio e isso é feito desde que o Franchising se entende como um sistema de negócios formatado.

Mas, deixa a tal obviedade de lado e passa a ser uma análise fundamental quando pensamos que, há apenas dois anos, existia uma situação mercadológica previsível – e até confortável – que foi completamente abalada e indefinidamente mudada pela pandemia. Quem poderia prever o que o varejo passou nesses meses e como cada marca se comportaria, com a finalidade de se sustentar, diante da maior crise já vivida?

Assim, o que falamos há anos sobre atitudes e comportamentos que vão além das obrigações contratuais e mantêm a saúde das redes ficou muito mais evidente – e, agora, deixou de ser um diferencial para serem itens obrigatórios. Por tudo o que presenciei e que, acredito, ainda virá, nesses novos tempos, acredito que o papel do franqueador e do franqueado foram ampliados.

Mas, vamos entender esse raciocínio parte a parte.

Costumamos pensar no franqueador como o detentor da marca, aquele que criou um negócio de sucesso, o testou e percebeu que ele tinha um modelo replicável. Assim, veio a formatação do negócio e a formatação jurídica, as primeiras obrigações do franqueador.

Continua sendo certo que, para oferecer o negócio a um investidor, é preciso que o franqueador o tenha formatado, com as ‘regras do jogo’, ou seja, mostre exatamente como ele será replicado, com metodologias, manuais, treinamentos, fornecedores, padrão arquitetônico e tudo o mais que caracteriza o negócio, além de todas as expectativas que tem em relação ao comportamento do franqueado.

Depois, é necessário que ele tenha a documentação, como a Circular de Oferta de Franquia (COF), Contrato de Franquia e demais documentos relativos ao seu ramo de negócio. Toda a documentação deve seguir a lei 13.966/19, que rege o sistema de franquias no Brasil, além de leis específicas de cada setor, conforme particularidades do negócio. Sem isso, não existe uma franqueadora.

Expandir a rede estrategicamente também é papel do franqueador, afinal, é ele quem prestará suporte a ela e sabe onde novas unidades se adequam. Falando em suporte, cabe ao franqueador prestá-lo adequadamente, porque o franqueado adquiriu a transferência de know-how contínua, durante todo o seu contrato. E, como a rede precisa evoluir para encarar a concorrência e oferecer sempre mais do que o cliente espera, também é papel do franqueador atualizá-la, com a inovação que garantirá sua perenidade.

Quanto ao franqueado, espera-se que ele seja muito mais do que um simples gerente de sua unidade. Ele precisa ser uma figura estratégica, entendendo o comportamento do consumidor e se relacionando com o cliente em nome da marca, para elevá-la ao status de desejável, necessária e querida.

Seguir a formatação e os aconselhamentos do franqueador é condizente com a aquisição do know-how, afinal, se o franqueado comprou uma franquia, não foi para gerir o negócio conforme suas próprias ideias, mas para replicar uma fórmula de sucesso – e isso implica em seguir padrões.

Também é papel do franqueado pagar por esse know-how, por meio das taxas mensais, e participar como membro ativo da rede, de treinamentos e das demais atividades ofertadas pela franqueadora. A partir do momento em que se faz parte de uma franqueadora, deve-se pensar como rede – e não como um negócio isolado.

Até aqui, não estou falando nada de novo, é tudo consenso entre quem vive o Franchising em sua melhor essência e cabe perfeitamente em contratos. O que diferenciará o real sucesso das marcas e de suas unidades franqueadas, entretanto, é o que não está em nenhum contrato e que citei anteriormente: atitudes e comportamentos que vão além das obrigações contratuais.

Quando a pandemia chegou, uma bomba caiu sobre a cabeça de absolutamente todas as franqueadoras e suas unidades franqueadas. Por quanto tempo os shoppings ficariam fechados? Como se dariam as restrições de funcionamento? Quando os clientes voltariam às lojas físicas? De que tamanho seria a crise econômica? O consumidor se acostumaria a comprar por outros canais, como e-commerce, delivery, Whatsapp e Instagram? Seríamos capazes de fazer as entregas? Quanto custaria tudo isso, para cada parte? Como as unidades franqueadas seriam remuneradas? O cliente voltariam a contratar serviços para seus lares, recebendo prestadores com confiança? Como as franqueadoras recolheriam os royalties e taxa de propaganda? Haveria uma política de crédito para os inadimplentes?

Ninguém tinha respostas, mas as dúvidas sobravam, para todos os lados. E a forma como cada franqueadora e cada franqueado lidaram com as mais variadas situações – e ainda lidam – mostrou que os papeis precisam ser revistos e ampliados.

Para começar, muitas redes perceberam que ouvir e dialogar foram fundamentais para o entendimento entre as partes. Aquelas que não tinham o costume de buscar um consenso passaram por maus bocados, com muita insatisfação e fechamento de lojas.

Obviamente, a inadimplência atingiu todas as marcas, devido ao menor faturamento das unidades franqueadas, mas houve aquelas que souberam negociar melhor e as que ofereceram uma política de crédito aos franqueados, tornando a recuperação transparente. Socorrer os franqueados é parte do papel da franqueadora, mas dentro dos limites do possível, sem que ela mesma não se desestabilize financeiramente.

Ficou evidente, em toda essa situação, que o relacionamento entre franqueadora e franqueados precisa ser nutrido diariamente, desde a primeira unidade franqueada. As estratégias de prevenção de conflitos fizeram-se fundamentais em todo o processo, porque quem investiu no relacionamento, previamente, gerou confiança para dialogar com transparência com seus franqueados.

E os franqueados assumiram, indubitavelmente, o papel que lhes cabe: ao lado do franqueador, com a marca ao centro. De forma colaborativa, muitas redes puderam pensar em novas estratégias, canais de venda, produtos, embalagens, formas de entrega e de alcançar o cliente.

Não existe nenhuma cláusula contratual que indique que, numa crise, é papel do franqueado pensar em uma embalagem, em um prato ideal para delivery ou numa campanha inteligente para as redes sociais. Isso é entendido como papel da franqueadora – mas, foi o que se viu em muitos casos: franqueados levando às marcas soluções que puderam ser adotadas por toda a rede. Isso é pensar, efetivamente, em rede.

Como citei, acredito que o papel do franqueador e do franqueado foram ampliados.

Ao franqueador, acho que cabe o papel de ouvir e dialogar mais. De aceitar compartilhar algumas estratégias e aceitar opiniões. Ele ainda é o detentor da marca, quem zela por ela e quem deve estar sempre à frente, inovando. Mas, não está – e nem nunca esteve! – em um pedestal. A marca é quem ocupa essa posição, com franqueador e seus franqueados lado a lado, trabalhando por ela.

Também cabe ao franqueador o papel de criar políticas de crédito, para dar o mesmo tratamento a todos os franqueados e os ajudar sempre, mas dentro de condições reais, que não abalem a estrutura da franqueadora.

Aos franqueados, cabe o papel de pensar como rede. De entender que a franqueadora tem limites de atuação e que todos precisam atuar juntos para levar a marca ao seu objetivo.

Os desafios das franqueadoras são grandes. Mas, sabemos que essa forma de fazer negócios ainda é uma das mais seguras e com menor índice de mortalidade apresentado. Investir no bom relacionamento, sem dúvida, é uma estratégia que amplia os papéis das partes.

 

*Melitha Novoa Prado é advogada especializada em Franchising, com mais de 30 anos de atuação no atendimento das maiores franqueadoras brasileiras.